24/03/2022
Autor: Americo Melo
A Academia Americana de Medicina do Sono ( American Academy of Sleep Medicine) recomenda que jovens de 13 a 18 anos durmam, pelo menos, de oito a dez horas ininterruptas em um período de 24 horas. Conforme a Escola de Medicina de Harvard, enquanto a quantidade de sono ideal pode variar de pessoa para pessoa, no caso das crianças e adolescentes o fato de não dormir horas suficientes pode ter consequências graves, pois o cérebro está em desenvolvimento e, portanto, é mais sensível aos impactos do sono deficiente.
O sono na adolescência é fundamental para o desenvolvimento e a saúde dos jovens. Atualmente, existem vários elementos que contribuem para que o jovem não consiga dormir adequadamente, como o uso constante de celulares e computadores, a vida social muito mais agitada e etc. Tudo isso provoca a diminuição do tempo de sono noturno e aumenta a sonolência e a falta de energia no corpo durante o dia.
Os adolescentes, normalmente, têm mais sono que as crianças mais novas. Isso ocorre em virtude da liberação de dois hormônios: a melatonina, liberada pela glândula pineal e que tem sua concentração máxima à noite e o cortisol, hormônio liberado pelas glândulas suprarrenais. Ambos têm efeitos antagônicos na fisiologia do adolescente, um ajudando a dormir e o outro a acordar. Sendo assim, quanto mais tarde o adolescente for dormir, mais tarde é a concentração máxima de melatonina no sangue e consequentemente, mais tarde será a liberação do cortisol, o que fará com que o adelescente acorde mais tarde.
Uma boa noite de sono é fundamental para que o organismo de crianças e adolescentes produza o hormônio do crescimento, essencial para o desenvolvimento dos músculos e dos ossos.
O sono também desempenha papel importante no desenvolvimento emocional dos adolescentes, que estão em um período de intenso aprendizado e socialização. Quanto mais sonolento, mas agressivo e irritado o adolescente fica, e isso pode prejudicar a sua convivência com a família, com os amigos e o processo de aprendizagem, já que seu foco atencional fica diminuído.
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